Por apresentação do Professor Luís Barraquer i Bordas realizou curso de Especialização em Demências na Universidade de Montreal, no Canadá, no Serviço do Professor André Rock Lecours. Fez Mestrado em Neuropsiquiatria na UFPE, com tese na área de Neurologia, orientado pelo Professor Gilson Edmar Gonçalves e Silva. Foi médico neurologista do Hospital da Restauração na qualidade de plantonista durante quase 10 anos.
Com carinho dedica toda sua vida médica, acadêmica e científica aos pacientes neurológicos e aqueles com complicações neurológicas internados no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Como Professor de Neurologia da UPE, fundou nesse nosocômio um núcleo de Neurologia do Comportamento, lidando com doenças neurodegenerativas demenciais, agregando vários profissionais afins.
Realizou junto a uma equipe de pesquisadores, todos treinados por ele, pesquisa de campo em estudo aberto, randomizado na cidade de Olinda, constituindo assim um verdadeiro banco de dados-padrão em Neurologia Cognitiva e Neuropsicologia Clínica, examinando idosos normais os quais são acompanhados no HUOC até a presente data. Diante de um rigor científico e tratamento humanístico, esse Serviço ganhou referência no Estado, na Região e no cenário Nacional e Internacional, quando visitado por cientistas canadenses e classificado como nível A, estando incluído em estudos multicêntricos para testar novas drogas para doenças de Alzheimer e Parkinson, Epilepsia, etc.
Quatro dezenas de trabalhos científicos já foram publicados, em isolado e em parceria com outros colegas no Brasil e no Exterior, assim como cinco capítulos de livros, dois livros e mais de duas centenas de conferências, palestras e cursos de curta duração, ministrados em todo o território Nacional, de Gramado a Manaus. Trabalha com o neuropatologista, Professor Roberto Vieira de Mello, construindo o maior banco de cérebro prospectivo em estudos clínico-patológicos sobre as doenças neurodegenerativas do Brasil.
Ele recebe solicitações de pesquisadores de alguns países da Europa para enviar parte de seu material como documentos científicos incomuns, além de ser convidado para publicar caso clínico raro em revista de Neurociências da Escandinávia. Manteve contato pessoal com o diretor do Departamento de Doenças Mentais da Organização Mundial da Saúde, iniciando um contato pessoal com a UPE. Hoje, após 20 anos de estudos em doenças neurológicas comportamentais, funda a Clínica Paulo Brito.